Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2021
🙌 C omecei a escrever no sábado, enquanto tomava minha dose de ânimo. Embora infrequente nas aulas, tento levar tudo o que descubro de novo para sala de aula. Para minha surpresa, aprendi muito com a gurizada. Falamos sobre fanfics, booktoks, mangás, animes...Foi uma experiência incrível interromper a aula expositiva sobre acentuação, onde todos bocejavam ou pediam para ir ao banheiro, por um momento de rostos felizes brigando para serem escutados para contar como as fanfics e mangás faziam parte de suas vidas. Às vezes me pergunto: Por que não fiz Matemática? Por que não terminar o curso de Direito? Quando algum aluno ou alguém me pergunta "Meu Deus,  por que você é professora de Português?". Sinceramente, não sei a resposta. Assim como não sei qual a necessidade de ensinar o que são oxítonas ou orações subordinadas. Sou profissionalmente imatura. Não consigo dizer que faço coisas e não fazê-las, fingir conhecer obras e ferramentas que desconheço. Não tenho vocação para Pol

Madrugada de domingo

 Domingo - amanhã é dia de trabalhar novamente.  Agora é um daqueles momentos em que me pergunto por que não consigo dormir, se já fui deitar mais cedo... Fico pensando na história em quadrinhos lida há pouco. Era sobre um jovem adolescente preso na antiga República Democrática Alemã que vivenciou, de certo modo, a queda do Muro de Berlim. Fico pensando que às vezes me sinto assim, presa dentro de muros. Não conseguindo ver além. Às vezes o muro branco se levanta diante de mim. O muro branco não me deixa enxergar além. Não é que ele seja uma coisa ruim, mas é só que parece que ele não me deixa sonhar. E, se não sonho, não sei se vou chegar a algum lugar. Aí, o pensamento voa do muro branco para o não sonho, e do não sonho para as incertezas. E madrugada, você sabe, parece que tudo é mais sombrio. Dizem que lá pelas 3 horas é a hora do demo, não sei se é mesmo, mas o fato é que os pensamentos vão voando de incerteza a incerteza. Aí a gente começa a ficar meio triste, porque começa a pen

Pelo prazer em ler o que quiser!

Sábado, 26 de junho   Final da manhã de sábado, final de mês... Há cerca de  3 semanas que tento escrever esse diário, mas foram tantas atividades, demandas, que me perdi nos prazos e não consegui parar e fazer.  Depois de um feriado- sou do NE e aqui a gente comemora o São João 💃- de muito trabalho e estudo, hoje, durante a minha aula de inglês -kkk- estou escrevendo esse diário, multitarefa que chama?  Brincadeiras a parte, essa tem sido a minha rotina, combinar uma coisa com a outra, tudo na tentativa de ser "boa" em tudo. Não sei se eu realmente estou aprendendo, melhorando, ou só fazendo. Mas sem querer me alongar, eu me sinto feliz com os dias, me sinto feliz em fazer as coisas, me sinto útil.  Não sei se isso é positivo, mas não tem me feito mal quanto as pessoas acreditem que seja... Pelo menos eu acho... Se passo o dia todo produzindo isso não é uma tortura para mim, sabe? Tortura para mim são os prazos curtos, esses me irritam, me impedem de fazer uma produção de q

E mais um dia começa...

  Dia 09 de junho de 2021 – Mais um dia normal, acordo logo cedo. Nem tenho animo para preparar algo para comer, o pouco ânimo que tenho nos dias de hoje uso para planejar minhas aulas e desenvolvê-las. Sou péssima para falar de mim, tenho dificuldades de expor o que eu sinto. Tão acostumada a não falar, a não expor dúvidas, a não pedir ajuda. Voltando ao dia, visto-me, pego meu computador. Subo, converso carinhosamente com meus 8 cachorros. Pinta a mais travessa, tenta pular com suas patas cheias de lama, dessa vez me esquivo e consigo chegar até a moto com a roupa limpa. Coloco o capacete, visto minhas luvas, o frio de 12º graus é difícil de aguentar, mas assim eu vou. Chegando na escola, estaciono a moto, e começo a tirar as camadas, tiro o capacete, a luva e coloco a máscara. Preciso esperar um tempo para que o termômetro da escola consiga captar minha real temperatura, afinal, as mãos estão praticamente congeladas. Passo álcool em gel nas mãos, e desço os lances de escada e as ra
 E quando você perde a força, desanima? E no mais fundo do poço onde você se encontre, não associe com a jeito com o qual está conduzindo as coisas, mas com a situação em geral. Estamos todos no mesmo barco! Algumas afirmações saltam da minha cabeça: "Se você conseguir que um aluno te entenda..."

17 de junho

Por Tamires Puhl Pereira Hoje é quinta-feira e o dia seguiu conforme os demais: muita coisa para dar conta em frente ao computador. Por volta das 17h, precisei sair para buscar meu carro na oficina (ultimamente ele tem visitado o mecânico mais do que deveria). Na volta para casa, nas várias paradas no sinal vermelho, venho pensando nas coisas que ainda tenho por fazer, inclusive neste “despejo” que agora não faz mais parte da lista de tarefas atrasadas. É impressionante como não conseguimos desligar. Um banho, a espera em uma fila, uma parada no trânsito. Em todos os momentos aproveitamos para pensar e planejar. Acho que é o reflexo da profissão que exerci por anos, afinal cabeça de professor não desliga, não é verdade?  O centro de Cachoeirinha, município onde eu moro, é bastante movimentado, principalmente nesses horários. De repente, minha atenção é tomada pela frase “Quando o sol bater na janela do teu quarto, lembra e vê que o caminho é um só" . Reconheceu a letra? É uma músi

Tudo vai melhorar!

  17 de junho - É de manhã. São duas turmas agora, quatro aulas. Com uma delas já encerrei o conteúdo, mesmo assim abro a sala no Microsoft Teams para deixar um recado aos alunos. “Estou por aqui, mas não teremos aula, estou fazendo as correções das atividades”, conforme eu já havia alertado na aula anterior. O Danilo entra na sala e sai rapidamente. Em seguida chega o Rafael, curte a postagem do meu recado, mas em seguida sai. Uma última olhadela e vejo que o William entrou no finalzinho da aula, mas em seguida sai também. Não tem aula, estou na correção das atividades, ainda assim me preocupo, de certa forma, mostrar aos alunos que estou por ali, minha presença virtual. Não precisaria. Mas gosto de abrir a câmera durante as aulas, gosto de mostrar que estou sempre ali, conectada. É hora do almoço e já venho com o pratinho do almoço da Isadora, que não gosta muito de salada, mas acaba comendo, de tanto que eu insisto. Certamente melhor assim, pelo bem da saúde dela. Ela almoça. V

Memórias Imigrantes

Memórias, não são só memórias/ São fantasmas que sopram coisas ao ouvido  Coisas que ...  (Pitty) Hoje, o dia foi igual a todos os outros. Já entrei na rotina aqui. Perdi a noção do fim de semana porque os dias são todos iguais, a rotina é a mesma. A vida de imigrante tem certos limites, pelo menos no começo – eu até  já escrevi  sobre isso... A mais dificil é a barreira linguística. Por mais que a gente saiba o idioma, lidar com todas as pressões ao mesmo tempo não é muito fácil.  Fico pensando nos meus antepassados ​​que foram para o Brasil no início do século passado. Sem tecnologia, como eles aguentaram a saudade da família que ficou? Como deve ter sido difícil aprender o novo idioma... Anna Pavlemko já escreveu sobre isso antes, sobre adultos aprendendo um novo idioma e construindo uma nova identidade em outro idioma e como esse processo é complexo. Quantos mais idiomas se sabe mais recursos se tem, mas demora um tempo pra gente se acostumar com as novas identidades que eles traze

Seis e meia

Por piores que sejam as tarefas do dia, nenhuma é mais difícil que a de levantar da cama no inverno. Me sinto quase agredido fisicamente quando o despertador do celular toca avisando que são seis e meia da manhã. O levantar é irrevogável, inadiável, urgente: a decisão de levantar às seis (e tomar café, ler as timelines, comer um sanduíche) ou às seis e meia (e sair sem café, sem ler nada, tendo que fazer tudo correndo) foi tomada na noite anterior. Agora, restam a resignação e a obediência ao relógio, ao implacável passar do tempo. Dia de ir pra escola. Sempre que não está chovendo é dia de ir de moto. Inevitável passar um pouco de frio nesta época do ano. Jaqueta de proteção, luvas, meião de jogar futebol (saudade), controles dos portões da casa e da escola nos bolsos e vamos. Quando abro o portão, a Lola sai. Nunca vi cachorra mais insuportável: faz buracos pelo pátio, não atende quando chamada e sai correndo pro meio da rua sempre que o portão é aberto (quase foi atropelada umas t

Mais um dia cheio de fé e esperança!

  8 de Junho de 2021   Ontem foi segunda-feira, dia em que faço as últimas preparações para as aulas, não preciso ir à escola. Além disso, tem a casa e a família. Mulher é um ser surpreendente! A gente faz um monte de coisa ao mesmo tempo, pensa em tudo e em todos. Nossa semana não começou nada bem, uma colega morreu desta peste que assola a humanidade, muito triste! E por conta disso, me bateu um desespero! Eu precisava ver uma amiga, amiga do coração, Mirian ficou muito abatida com essa partida, não nos vimos desde fevereiro, precisava vê-la nem que fosse por pouco tempo, mas precisávamos conversar, se ver, tomar um café. Marcamos para hoje, o dia em que conseguimos bater os horários. Meu despertador tocou às 5h30, levanto cedo quando preciso estar na escola no primeiro período, coisas da idade eu acho! Gosto de ter tempo para mim pela manhã, deixar tudo pronto, alimentar meu gato, fazer meu café, tomar meu banho, sem pressa. Quando era mais nova , levantava e saía correndo, se

Olha, eu passando por aqui!...

Estou com as tarefas atrasadas e, nessa tarde do domingo, entrei no Moodle para começar a repô-las. Durante o almoço, enquanto pensava nessa programação para o meu domingo, perguntava-me "será que eu consigo começar pela última?" Pois não é que é isso mesmo que estou fazendo! rsrsss... Fui instigada pelas postagens do Telegran. Então, quando comecei a ler os tópicos da aula do dia 05/06, não deu outra. Cá, estou, postando no Blog de Despejo! Os últimos dias não têm sido fáceis. Explicar a minha rotina de trabalho não seria novidade: finalizando um período de gestão, com mil tarefas para concluir e deixar tudo organizado para a sucessora, a organização de um evento e a conclusão do semestre letivo é só o comecinho. Bah! A parte angustiante mesmo foi ficar dentro de um hospital, com meu pai de 91 anos, internado com diagnóstico de COVID-19. Ali, nada dependia de mim, nem dos meus irmãos. Estávamos com a nossa confiança em Deus, primeiramente, e nos profissionais de saúde, que n
 27.05.2021. 6h30min. Acordo com o toque do despertador. Levo o cachorro fazer xixi, porque ele está impaciente. Na volta, banho, café da manhã, telefonema da Sabrina para repassar agenda. Aula no PPG às 9h. Estouro de um cano e ficamos sem água.Tarde intensa. Vi entraria noite a dentro: às 19h30min eu deveria estar na abertura do evento de 15 anos do PPG Economia. A pandemia tem nos desafiado dia a dia quanto ao nosso tempo disponível (cada vez menor), à qualidade das nossas interações... Whatsapp até lançou uma funcionalidade para ouvirmos áudios mais rapidamente (principalmente de pessoas chatas que insistem em enviar áudios gigantescos). Eu, por exemplo, estou conseguindo participar de mais reuniões do que participava antes, mas já me dei conta de não ter me levantado uma vez sequer em uma tarde de trabalho. Qualidade das interações reduzida. Voltemos ao meu dia. Após cumprir a sequência de agendas, nova saída com Lancelot (sim, ele consegue se controlar para ir ao 'banheiro

DIÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA

  DIÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA 12 DE JUNHO DE 2021 – É manhã de sábado de outono, desde ontem a brisa está mais fria, com certeza os dias de inverno se aproximam. Há mais de um ano vivo reclusa dentro de casa devido à pandemia do novo coronavírus que se espalhou pelo mundo desde 2020. No Brasil contam 484.350 mortes causadas por COVID 19. Tinha   rotina baseada em sair apenas para resolver casos de necessidade, como ir ao supermercado para fazer compras, à farmácia e à casa lotérica ou ao banco para colocar as contas em dia. Também passei assistir a uma lista sem fim de filmes e séries. Ainda aproveitei para fazer dois cursos on-line com o intuito de preencher o tempo. Só que o isolamento social   traz problemas emocionais, mentais, muitas vezes que é difícil dar conta. Então, resolvi pedir ajuda a uma terapeuta, com quem tenho um encontro on-line uma vez por semana. Está dando certo! Desde então, resolvi me matricular em uma academia de ginástica que segue os protocolos de distancia

Diários de Adriana Hanayá

  10 DE JUNHO Acordei com o despertador do celular, às 7h30, seguido das lambidas na minha cara do meu filhote Teddy, um salsichinha de 10 meses. É perfeita a sincronização desses dois despertadores. Fiquei sentada na cama, um pouco indisposta e com dor de cabeça. Pensei nas atividades do dia que seriam muitas, porque é o dia mais cheio da semana. Tomei café e remédio. A dor de cabeça passou. Às 9h, liguei o notebook e terminei de ler uma seção de uma dissertação que seria discutida mais tarde na aula. Fiz anotações. Despertador. 12h. Tomei banho, almocei e deitei uns minutos para descansar o ombro que havia começado a doer. O despertador toca interrompendo minha sesta, a aula irá começar às 14h. Aula de Linguística Aplicada, leitura, discussão, anotação, mais textos para ler para próxima aula. Novo toque no celular às 16h15.   Aula de pilates, exercícios para fortalecimento do ombro direito que está com tendinopatia. Aula agradável, alongamento, flexibilidade e no final um pouco de fi

Diário de Despejo - Suzan

Quinta-feira, 10 de junho de 2020  Acordei com o despertador. Trabalhei até muito tarde ontem e ainda teve a reunião de condomínio.  Checo as mensagens no celular. A Amy continua entubada, mas tá reagindo muito bem ao tratamento. O prognóstico é positivo, os médicos estão animados, diz a mensagem no grupo de orações. Suspiro aliviada. Graças a Deus.  Não aguento mais tanta tristeza.  Que tempos obscuros. A aluna da manhã mandou mensagem cancelando a aula. Levantei, olhei pela janela. O dia era frio e cinza. Lembrei que tinha muito o que fazer , mas não tava me sentindo bem.  Voltei a dormir. Levantei, arrumei o almoço, esperei minha aluna das 13 horas. Ela não apareceu na aula. Fiquei frustrada. Acessei a aula de Espanhol. Conversei um pouco com a professora enquanto esperávamos as colegas entrarem.  Ela teve a sorte de se vacinar. No Rio de Janeiro, onde ela mora,  estão contemplando professores particulares também. Aqui não.  Tentei me vacinar ontem no posto aqui do bairro. Levei o m